Conviver bem com a família contribui para a qualidade de vida dos idosos

Avô colhendo frutas para o neto

Avô colhendo frutas para o neto

A internação de idosos em casas de repouso   é um assunto muito controverso. Os filhos que se vêem obrigados a esta decisão sofrem muito ao tomá-la. Por outro lado, o convívio com entes queridos – filhos, netos e amigos – é muito importante emocional e fisicamente para os idosos. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que os amigos e familiares podem ajudar os idosos a viver melhor e mais tempo. Sabe como? Apenas dando afeto.
Um estudo da Harvard Women’s Health Watch destacou que “a falta de laços sociais pode ser determinante na vida de alguém”.Foram ouvidas mais de 309 mil pessoas e a conclusão foi que o grupo insatisfeito com seu lado social têm 50% de chances de morrer prematuramente, sendo possível comparar com um indivíduo que fuma 15 cigarros por dia. “A pesquisa mostra como somos dependentes de pessoas perto de nós. Não conseguimos ficar sozinhos, precisamos de carinho, conversa e companheirismo. Você imagina, quando ficamos mais velhos, o quanto podemos sofrer pela ausência de nossos entes queridos, principalmente dos nossos familiares. Nós temos acompanhado de perto essa realidade”, explica Eduardo Chvaicer, representante de uma empresa especializada em cuidados com idosos a domicílio.

A convivência familiar, segundo a pesquisa, é de grande importância, pois estimula o sistema imunológico, melhora a saúde vascular, libera os hormônios para reduzir o estresse, melhora a nutrição e digestão, regula o nível de açúcar no sangue e eleva a autoestima, entre outros benefícios.

“Hoje vivemos no ‘automático’. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, preocupações com os filhos, no trabalho, em casa e outros tantos motivos, mas será que estamos dando a atenção para os idosos? Eles já passaram por tudo isso e hoje necessitam mais de carinho e atenção. Estamos tão acostumados a essa rotina que esquecemos o mais importante, do contato com as pessoas, de um olhar, de uma conversa. Então participe mais do dia a dia do seu ente querido, esteja presente, pois com certeza você sentirá melhor e claro, ele também. Muitas famílias que não têm tempo para dar esta atenção precisam de um cuidador de idoso, pois o importante é não deixá-lo sozinho”, completa Chvaicer.

4 dicas para estimular o dia a dia de uma pessoa idosa

1. Já pensou em praticar exercícios físicos com seus avós? Independentemente do estado de saúde, sempre existe alguma forma de exercício que o idoso possa fazer (mesmo que sentado em uma cadeira). Estudos mostram que atividades regulares contribuem para um envelhecimento saudável. Encoraje-os a adicionarem mais exercícios em seu cotidiano.

2. Compartilhe momentos em família. Que tal reunir todos para contar histórias em famílias, mostrar álbuns de fotografias? Estes encontros especiais aproximam ainda mais e relembram momentos de felicidade. E aproveite e distribua fotos para toda a família.

3. Saia mais com seus avós. Existem muitas opções de lazer, como museu, teatro, passeios ao ar livre. O mais importante aqui é se mexer.

4. Estimule os mais idosos a manterem o cérebro conectado. Matricule-os numa escola para aprender outro idioma, tocar um novo instrumento, ou melhorar seus conhecimentos de informática. Nunca é tarde demais para aprender. Pesquisas recentes confirmam que manter a mente sempre ativa e passar mais tempo com outras pessoas promovem a saúde cerebral e deixam o sistema imunológico mais forte e melhoram o humor.

FONTE: Bonde

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About Cida Griza

. Terapeuta Ocupacional . Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise - PUC/PR . Especialização em Atenção à Saúde do idoso (Gerontologia) - UFSC/SC . Especialista em Rede de Atenção à Saúde de Pessoas com Deficiência - UNESC . Terapeuta Ocupacional responsável pela SEVEN SENSES de Florianópolis . Coordenadora da Abraz-Subregional de Joinville/SC (2002 - 2010) . Professora do curso de pós graduação em Gerontologia - FURB/SC

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